Cereja com bacalhau
Domingo passado, fomos os três, Érica, Leo e eu, conhecer um novo restaurante, indicado por um casal amigo nosso, Abel e Mariângela.
Trata-se do Restaurante Cereja, no Alto da Mooca (Rua Siqueira Bueno, 2.325). É um lugar simples, despretencioso, típico de bairro. Tem, porém, grandes predicados. É o que chamo de um estabelecimento honesto. São dois salões, com mesas cobertas com papel. Sendo domingo à tarde, estava cheio, e nos consideramos felizes em achar uma mesa sem espera. Assim que sentamos, serviram uma porção de polenta frita e bolinhos de bacalhau, excelentes, para que não tivessemos de escolher nosso almoço de barriga vazia.
Fomos recebidos pelo simpático e atencioso Oswaldo Cereja, proprietário. Quando perguntado, recomendou o bacalhau (especialidade da casa) ou o badejo. Mostrou também os outros peixes e carnes disponíveis. Optei – à revelia da Érica – pelo bacalhau à moda da casa. Minha opção acabou sendo a de todos, porque a porção é imensa, serve quatro pessoas. Comemos os três e ainda levamos uma generosa parte para casa. O bacalhau à moda da casa é dessalgado, cozido, aferventado no azeite, e depois gratinado. De fato, é uma delícia. A crosta gratinada estava crocante e ótima e as lascas do peixe derretiam-se na boca. A surpresa foi a rapidez com que o bacalhau foi servido, acho que menos de dez minutos. É a filosofia de casa de tia: não se deve perder tempo para comer; já que as visitas chegaram, vamos servir o almoço.
A casa já tem mais de 30 anos, e parece que todos os garçons já trabalham lá há algum tempo. Com isso, tudo flui com grande eficiência e rapidez. É um grande contraste com alguns restaurantes novos e pretenciosos que não conseguem acertar o serviço, nos quais os funcionários correm para lá e para cá, e o cliente fica com cara de bobo esperando seu couvert, prato ou conta.
Ficamos de voltar lá, para provar um dos outros pratos. Segundo o “Seu” Oswaldo, como é chamado pelos funcionários, domingo é um dia corrido, e o atendimento deixa a desejar (não é verdade). Prometeu que se voltássemos durante a semana ou no sábado, prepararia um peixe na brasa. Segundo ele, este é um processo que exige paciência e calma, pois é necessário vigiar o peixe para que não seque. Acredito que voltaremos em breve, para provar o tal peixe na brasa. Assim que o fizermos, será motivo de outro post.
Um comentário:
Por acaso este casal, Abel e Mariangela, foram para Summerville recentemente? Perdemos o contato deles e estou procurando na Net...
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