domingo, 27 de janeiro de 2008

Viagem a Nova York - Parte 2

Após ler três livros do Antony Bourdain, fiquei curioso para saber como era o Les Halles, onde ele foi chefe executivo por uns tempos. Em Nova York, existem duas unidades, na Park Avenue e no Downtown, na John Street. Fomos na segunda, no dia em que chegamos, por ficar mais próxima de nosso hotel. Fomos no final da tarde, começo da noite, quando as hordas noturnas ainda não haviam aportado. A Érica pediu uma sopa de cebolas de entrada, seguida de um coq au vin, guarnecido de purê de batatas. Leo e eu pedimos um steak, frites, salade. Eu queria provar a famosa carne e fritas, dos quais Bourdain tanto fala. A sopa de cebolas estava muito boa, com ótimo queijo (até melhor do que aquele que eu uso na minha receita adaptada), mas segundo Érica, a minha era até melhor (modéstia às favas...) porque é menos ácida. Lembrem-se que eu coloco menos vinagre e mais vinho do porto, além de uma pitada de açúcar. Pois é, parece que faz diferença para o nosso gosto. Seu coc au vin estava bom, igual aos que ela come em São Paulo (aves não são meu forte), mas o purê estava totalmente insosso. Parecia apenas batata amassada, sem tempero, manteiga ou creme. O do Eric Jacquin é imensamente melhor (another level, como dizem). Quanto ao nosso steak, frites, salade, a carne estava inegavelmente saborosa e tenra. A salada era de folhas verdes, com um molho indiferente, já provei muito melhor. Quando às alardeadas frites, uma decepção. Estavam ligeiramente queimadas e nada especiais. Quando provei, pensei comigo mesmo que as do Ponto Chic em São Paulo são melhores. Posteriormente, quando comemos na Jackson Hole, a conhecida rede de lanchonetes, provamos batatas fritas infinitamente melhores, saborosas, crocantes e no ponto. Talvez tenha sido apenas um mau dia no Les Halles, não sei, mas que as frites estavam medíocres, isto estavam.

Terminamos com um crème brûlée (honesto) e eu com um Porto ou Sauternes, não lembro qual, mas muito bom.

A conclusão foi que o marketing do lugar elevou nossas expectativas a tal ponto que saímos – confesso – um pouco frustrados. Nada estava ruim, apenas esperávamos mais.

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